Descobrindo o Vale dos Vinhedos

16 de maio de 2017Blog

Quem segue a @antonietta.noivas nas redes sociais pôde acompanhar a viagem que fizemos no início do mês para o Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha.

O picnic incrível nos parreirais da vinícola Cristofoli

Além de locações incríveis para destination weddings, tivemos a oportunidade de conhecer de verdade a qualidade dos incríveis vinhos que estão sendo produzidos no Brasil. Confesso que foi um choque e eu prometo aqui, publicamente, que nunca mais vou passar direto pela lista de brasileiros das cartas de vinho. Nunca mais mesmo! Gente, quanto tempo eu desperdicei…

Foram 4 dias super corridos de visitas, degustações, harmonizações, e tudo mais que essa terra ds vinhedos tem para nos oferecer.

E a conclusão não poderia ter sido outra: temos aqui vinhos e espumantes que são excelentes opções para eventos a preços justos e qualidade surpreendente. Nosso objetivo era ir atrás do cream of the crop, ou seja, não necessariamente os maiores mas os melhores. E achamos…alguns.

Mas com tantas opções, como fazer a melhor escolha para o seu casamento?

É fundamental sempre levarmos em consideração o menu a ser servido. De acordo com Lucas Alves, enólogo da vinícola Maximo Boschi (siga em @maximoboschi), a diversidade climática brasileira permite, em apenas um estado, obter mais de um terroir (conjunto de características de uma região que envolvem, por exemplo, solo, clima, topografia..,) favorável para vários estilos de vinhos e espumantes.

A Serra Gaúcha possui condições ideais para cultivo de uvas que elaboram diversos estilos de espumantes dos frutados e refrescantes, perfeitos para Welcome Drink, aperitivos, entradas e brindes – como os espumantes Boschi Brut e Boschi Brut Rosé – até espumantes complexos, maduros e estruturados, que são compatíveis com pratos principais – como os espumantes Maximo Boschi Biografia Brut, para pratos marcantes e cremosos, e Maximo Boschi Biografia Extra Brut, que acompanha muito bem pratos de sabor intenso, que contenham certa acidez, conferida por molhos vermelhos.

Fim de tarde nos jardins da vinícola Miolo

Conversando com o super premiado sommelier Dionísio Chaves, responsável pelos restaurantes Duo e Botega Del Vino, mais recente Bib Gourmand do Guia Michelin, ele explicou que “é muito importante escolher os vinhos de acordo com a estação e local. Ex: um casamento na Serra no inverno a saída de tinto será maior que o normal e naturalmente a de espumante ou Champagne será menor. Buscar servir espumantes mais leves e de preferência o estilo Brut, Extra Brut ou Nature, por ser mais seco eles possuem um melhor drinkability“.

Dentre os mais indicados, Dionísio destaca os espumantes Cave Geisse Nature,

Don Giovanni Brut, Dal Pizzol Brut, Valduga 130 e Chandon Excellence. Todos de produção nacional e excelentes.

Nos parreirais da vinícola Luis Argenta

A queridíssima Sylvia Sitnoveter da Wines and Roses, que é referência em distribuição de bebidas para eventos, esteve também no Vale dos Vinhedos recentemente e nos contou que “atualmente os vinicultores solicitam à Embrapa que analisem o solo e vejam qual se adapta melhor a cada tipo de uva, e seguem com o plantio da mais indicada.

Esse diferencial tem dado muito resultado na qualidade das safras colhidas.

Hoje em dia existem enólogos muito bons para acompanhar todas as etapas: desde a plantação até a colheita e elaboração dos vinhos”.

Nesta viagem ficamos hospedados na Villa Valduga e pudemos conhecer todos os locais e cada etapa da produção de vinhos e espumantes da Casa Valduga.

O processo de remuage dos espumantes Valduga

Lá os espumantes são produzidos como se fossem champagne. Ficam envelhecendo nas garrafas fazendo remuage (quando a garrafa fica inclinada com o gargalo para baixo para decantar suas leveduras e todo dia cada garrafa é girada um quarto de volta). É um processo muito interessante e vale a visita para ver de perto os detalhes de cada passo.

Lembrando: só se chama champagne se for produzido na região de Champagne. Afinal, se você chegar em Paris e te oferecerem um queijo de Minas feito na França, você também vai estranhar, certo?

No final da viagem chegamos a conclusão que precisamos conhecer melhor os produtos nacionais e valorizar mais o que temos de bom. Voltamos para o Rio com as malas cheias de vinhos incríveis, lembranças maravilhosas e muita vontade de voltar pra conhecer mais!

Passeio pela Villa Valduga

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